segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pontual


que vontade de ficar
quando a pressa é de seguir

não importa em que lugar
sem roteiro ou souvenir

o agora não tem preço
faço dele um endereço

- estendo a rede na varanda do tempo -


não me venha perguntar
que eu nem quero responder

já tirei até colar
para nada me prender

o agora não tem ponteiro
é seu próprio paradeiro

- entendo a sede na garganta do tempo -




Poema publicado em 10 de maio no Doce de Lira.

Escrito a partir de:

vou ficar mais um pouquinho
para ver se eu aprendo alguma coisa
nessa parte do caminho
Tulipa Ruiz, em Efêmera

Onde é que eu atrelo o burro, e que eu desço da sela
e entrego a rédea a alguém...?
Dalva Maria Ferreira, em Poesias Soltas

Um comentário:

João Vitor Fernandes disse...

Lembro-me ter lido estapreciosidade no Doce de Lira. LIndo!


Abraços!