eu te escolhi como musa da minha vida
como deusa te escolhi: louca-varrida!
que nunca diz não que não diz nunca
adeus adeus na partida
depois te perdi te esqueci
num canto qualquer: objeto de adorno
sem moldura sem contorno
um estorvo até um estorvo!
sonhei contigo outro dia:
relembrei sem masoquismo o nosso caso
sorri corei: maquiavélico me masturbei
sem nenhuma angústia presente
sem nenhuma saudade do passado
5 comentários:
é por essa e outra
presenças ausentes
que me despeço do ontem e
hoje pretendo seguir
somente junto daqueles
que me veem passar.
Meu carinho, Sidnei.
Olá Sidnei,
Tentar fazer-me presente neste teu poema “ausente”!
A primeira coisa que me chama a atenção, um título em minúsculas. Uma forma de ausência, uma presença desapercebida, discreta? Não decreto nenhuma conclusão, entro nos versos… Tento ir nu, despido de pré conceitos, sem preconceitos, nu como gosto de ler os versos e, já agora :), de os fazer também. Surpreender o corpo, observá-lo com toda a nitidez. Vou tentar a ideia de “tábua rasa”, procurar (o) tema. Qual o tema do poema, uma identidade objectiva, a possibilidade de identificar um assunto? Assumo, vamos tentar dizer…
A musa, a ideia “me amuse”! Uma incursão, perdão pelo francês, sorriu e mostro os dentes… rio :))
Meu caro, a Poesia, esse momento onde a escrita encontra o verso, é o verdadeiro verso do real: o seu rosto. Escrever, prosar sobre a Poesia, escapa ao que ela é, é já outra coisa. A verdadeira tentação, a gratificante tentativa, deixá-la implícita, licita, genuína e generosa: o género rosa, como gosto de pensar e, às vezes, também, dizer. Abraço, abraços.
um ato de coragem
o uso da terminologia do ato solitário
sem esquecer que a punheta é de certa forma solidária com o prazer
musa deusa
lembrei-me de tempos idos
coragem repito
Silvio, este seu "ausente" marca presença e como....Abraço
Grande, Silvio! Admirado. Abs.
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