quinta-feira, 24 de março de 2011

mata douro



sinto-me abatida

como se curvasse
íntimas
sólidas pedras

de silêncios

que me falam
etérea

ora híbrida,
nuvem passa indigesta!

intrínseca carne
despida a leões

mata douro

açoite
soube à coice




*Imagem disponível no blog Onde nasce a poesia.

7 comentários:

kiro disse...

Que lindo... Triste e inebriante!

O dourado sob açoites...!

Sândrio cândido. disse...

Hercilia, talvez todos os grandes poetas escreveram como poetas de pedra.
beijos

BAR DO BARDO disse...

Gostei do construto permeado de lirismo.

Quintal de Om disse...

meus pés andam sozinhos
são zumbis do acaso
caso o dia não termine
e a noite não amanheça
meu cansaço
nessa sina de (sobre)viver
a morte de dentro.

Beijo meu!

L. Rafael Nolli disse...

Hercília, verdadeira poética, dessas que nós hipnotiza!
Abraços!

Anônimo disse...

eh, mulé: poemaço!

choco disse...

íntima mente
curvada
-
adorei
bj
ana