terça-feira, 8 de março de 2011

Desigual

Seu amor de Neruda
cortou -me como aço inox

Intimidada,
enchi o copo
e bebi numa golada
seu whisky on the rocks,

te aconcheguei inteiro
entre as minhas pernas
e esqueci que era tudo tão desigual:

Você, chama de ternura,
aroma de coisa eterna

Eu, bomba relógio,
pura paixão carnal.

(poema do meu livro LEOA OU GAZELA, TODO DIA É DIA DELA)

Um comentário:

BAR DO BARDO disse...

Forte -
feito conhaque.