segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cópula









In Topanien





Cópula


Em ritual secreto, madrugada,
um homem, sua fêmea, se acasalam.
Odores se harmonizam porque exalam
amor de seus hormônios, a florada.

Os dois se fazem um. Não há de cada,
revel, competição. Do que se fala,
gemidos e gritinhos a abestá-la,
e trancos nos seus quartos. Revelada

a bela sem moldura de museu,
arquétipo que afirma: sou mais eu.
Transfere-se do belo para a bela

em elo que se anela, que se apela,
o mel de seus humores irascível.
À força é toda cópula sensível.

34 comentários:

João Luis Calliari Poesias disse...

O "h" da hora, beleza.

Luiza Maciel Nogueira disse...

muito bom, adorei a imagem duas caveirinhas, rsrs

beijos

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Que expressividade! Muito bom o soneto! A imagem está uma graça. Parabéns

Francisco Coimbra disse...

O último verso assenta, acentua, a sensibilidade como a impressão final dum mundo de impressões que vão ajudando a ler, a acompanhar, o quadro que vai sendo dado (como um dado a rolar, à sorte da leitura). Dos traços mais leves aos mais fortes, fica a pairar essa impressão final: o lirismo - no que ele guarda e dá de música.

Benny Franklin disse...

Vale a pena ler de novo!

BAR DO BARDO disse...

Calliari,

é o agá do Henrique e mais uma série de outras letrinhas...

Um abraço!

Adriana Godoy disse...

Pimenta, que assim seja! Excelente! beijo

Tomaz disse...

Grande Bardo, a fecundação do coito é este belo poema ;)

Abraço !

Domingos da Mota disse...

Excelente
o coito,
melhor,
o soneto,
o poema,
a f...

Felipe Costa Marques disse...

Curti o tema. E vc sonetas demais. Abraço!

BAR DO BARDO disse...

Luiza,

as caveirinhas "tilintam"...
Hehehe...

BAR DO BARDO disse...

Pedra,

agradeço pela gentileza das palavras.
Felicidades!

Henrique Pimenta disse...

A questão, Coimbra, não chega a ser uma Questão Coimbrã, mas o meu lirismo é desbragado (embriagado, por vezes) e, por isso, o exagero não extrapola a régua.

Mas a régua, mesmo quando excede, não domina um lance de dados...

A sorte foi, portanto, lançada.

Obrigado pelas palavras, Francisco!
Seja feliz!

Henrique Pimenta disse...

Benny,

agradeço pela presença!
Felicidades!

Sylvio de Alencar. disse...

O que seria de nós sem as revelações!

Redonda poesia, percebo-a rolando redondinha.

Abrçs.

Henrique Pimenta disse...

Adriana,

amém!

Henrique Pimenta disse...

Tomaz,

adoro essa paradinha de coito!

Henrique Pimenta disse...

DM,

fico sempre feliz com tua presença!
Obrigado!

Henrique Pimenta disse...

Felipim,

agradecemos forévis!

Henrique Pimenta disse...

Syl,

a roda diz tudo.
Felicidades!

ítalo puccini disse...

teus poemas-em-ritmo-de-prosa ficam cada vez melhores. parabéns!

abraços.

byTONHO disse...



"Coitados" ficaram os BELOS...

Quero BIS coito!

Oh not!

Henrique Pimenta disse...

Ítalo,

me agrada sua percepção e que - desejo - esteja 100% correta.
Abraço!

Henrique Pimenta disse...

Tonho,

e tri e quadri e penta e...

Abração!

kiro disse...

Humm.... que cópula bem desferida!!!


^_^•

Anônimo disse...

Kiro,

grato pela companhia!
Felicidades!

Eleonora Marino Duarte disse...

o de sempre:

perfeição na execução
sentimentos em projeção, propulsão.

excelente!

você se mantém no topo, poeta!


abraços.

Henrique Pimenta disse...

Merci beaucoup,

Betina!


Felicidades!

:)

Marcelino disse...

Poeta, como sempre, vc se supera em sua produção.Agora com essa cópula tão sensível, então... Uma ressalva: a fonte que está sendo utilizada e o plano de fundo dificultam a leitura e isso, com certeza, prejudica a apreciação desses textos. Falo por mim, com meus 6,5 graus de miopia, mas de certo outros internautas passam pelo mesmo

Unknown disse...

EXCELENTE, Mestre!

Um soneto para ninguém achar defeito!

Cópula perfeita!

Beijos

Mirze

Henrique Pimenta disse...

Marcelino,

devo dizer que sinto por seus olhos. Os meus também penam um cadiquinho.

Aqui sou apenas mais um colaborador - mas passarei sua queixa aos amigos.

Agradeço pelas palavras.

Henrique Pimenta disse...

Mirze,

obrigado.
Beijo!

Eliana Mora [El] disse...

Henrique

último verso :
uma certeza a mais
[que antes não tinha...

perfeitinho!
beijo, El

BAR DO BARDO disse...

El,

grato pela veracidade, pela constatação.

Beijo!