quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Papel Higiênico




A desova do erro é a conseqüência
À vista, e em tempo real
Sem pindureta, nem cheque especial
Apenas o débito da escolha sem anuência

Usar a si mesmo como moeda
Faz da alma um cheque sem fundo
Carimbado no verso com decadência

E se a cotação estiver em queda ?
No extrato, o prejuízo é fecundo
Voltemos então a ela, a conseqüência.

Erupção dos nervos em evidência
Do céu ao chão em um segundo
Na face, expresso remorso imundo
Ao idioma palavrão, peço licença:

Vá se fuder no inferno !
De coração, desejo a ti
Valor material do mundo

Enfie no cu as malditas notas!
Pagando com juros tua incoerência.


* Fonte da Imagem : http://downloads.open4group.com/wallpapers/1024x768/papel-dinheiro-7639.html

7 comentários:

kiro disse...

Quanta força! Jamais havia lido algo assim!

És grandemente poeta.

Mas claro que sabes, tua alma transborda.

:-D

Henrique Pimenta disse...

Bota pra foder! (Mas no meu não!)

Márcia de Albuquerque Alves disse...

No mínimo, intenso!

Adriana Godoy disse...

Tomaz, arrasou!!! beijo

L. disse...

...
..
.

!!!
!!
!

Barone disse...

Usar a si mesmo como moeda
Faz da alma um cheque sem fundo

Leo Curcino disse...

adorei isso! nunca tinha pensado no papel higienico por esse ponto de vista.