Vestes que levitas
desligo o som
faço a hetero-combustão
a ponta da faca sangra
e oiço o medicamento que é a palavra.
a roupa cai
desejava levitar para lá dos músculos.
no alvorecer da confissão
acorrento-me à cor da ferida
com a poção viscosa anti-delírio.
há tinta a mais na tela
e lençóis a menos na cama dela.
Gavine Rubro
5 comentários:
Lindo poema! Parabéns!
Muito bom! Excelente estréia!
Uau! Que combinação de imagens inusitada, que novidade! Muito bom!
Primeiro o silencio dá o tom ritualístico que submerge em drama na imagética de um sacrifício. Surge a palavra, surge a nudez, o território corpóreo, o desejo e seu desfecho maquinal. Mas tudo ainda se converte em sublime arte e em fazer parte...
Foi assim que senti.
Desde já o meu enorme agradecimento pela oportunidade de partiha7aprendizagem neste blog. Agradeço os comentários a todos, isso só me apimenta mais a minha criação. Ler, interpretar e continuar a escrever enquanto as mãos falarem por si e o corpo observar pela luz do simples. Cumprimentos. Estarei atento a seguir toda a poesia dos outros autores e a bebê-la como se bebe devagar e bem algo que se experimenta inicialmente. Longa vida à Arte, à Poesia.
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