segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Plague

Seus poemas:
centopéias subindo em minhas pernas
quando os leio.

Seus poemas me ateiam
e a palavra-taturana dói
tamborilando os pés de azeite quente
em meus seios.

Seus poemas:
caranguejos caminhando pelas minhas costas,
soletrando vértebras
entre suas patas,
pinicando medo sob suas pinças,

seus poemas mordem
minhas omoplatas...

Seus poemas-praga:
devastação que não se aplaca
nem com o gelo
dos meus dedos de queimada.

7 comentários:

BAR DO BARDO disse...

... gradAÇÃO para além de reticências...

Márcia de Albuquerque Alves disse...

forte, intenso!

Barone disse...

Wow! Que porrada delicada!

Francisco Coimbra disse...

VERSOS DE VOLTA

olha para mim
captando este momento
onde o poema é dito

édito do momento
onde o edito

fazendo versos de Rosa
Assim

VERSOS DE RODA

nos meus braços
bailas como baile solto
onde sempre volto

de braços abertos
para te abraçar

da ideia ao seu rosário
Mim

Inspiradora!

Lírica disse...

Flá, muito bom, adorei suas figuras eloquentes, aracnóides, rastejantes e picantes.

líria porto disse...

gosto muiíssimo da escrita desta moça!!
besos

Flá Perez (BláBlá) disse...

ow, pessoal! que delícia ser lida e comentada por vocês!

obrigada!
BJBJBJ

Francisco, que poema lindo! se foi meu poema que inspirou , fico honradíssima! lindo!

bjbjbj