sábado, 23 de outubro de 2010






ATÉ EU

E se as flores tivessem sumido todas naquela manhã? Ainda assim haveria primavera?

Tenho dúvidas - discordou a cotovia, presença freqüente em contos estrangeiros.
O pardal balançou a cabeça, flocos de neve se espalharam no ar.
Criar um tsunami? Perguntaram as algas por sinais.
Os pássaros se agitaram, podemos destruir as larvas.
O efeito estufa está nos matando, abanavam-se os peixes, antes da frigideira.
Chamem o escritor – sugeriram enfim, vencidos.
Sempre tenho que decidir tudo. Mas discordo de vocês. Não destruiremos o mundo esta quarta-feira.
E por que, posso saber?
Debate eleitoral no Brasil respondi.
Ninguém entendeu, mas sou como Cristo:
amanhã serei traído.

3 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

olá, Helena, será que ainda haveria primavera? Como disse Che:

Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.


abraços!

Helena disse...

Pois é, uma andorinha só não faz o verão, mas muitas quem sabe?

abração,

Helena

VERA PINHEIRO disse...

Vamos crer na primavera, apesar de tudo, e poetar a vida em harmonia com a natureza. Beijo, Helena.