sábado, 18 de setembro de 2010

O Poema

Dia desses...
na pausa de todo o caos
e do meu viver concreto
li teu poema predileto.
No silêncio em revés
lembrei-me de teus pés
sob tua saia rodada...
E diante do nada
cerrei meu olhar.

Renúncia...
vício maldito!
Tornei mudo o meu grito
e no dito pelo não dito
sigo acorrentado...
Pelo pranto abafado...
e pela tua risada
até hoje calada...

Onde andas menina?
Diante dessa sina
do silêncio vil,
meu olhar quase senil
se refugia... absorto...
E ante ao poema morto
construo outras linhas...
que não são mais tuas
mas tampouco são minhas...

Um comentário:

TON disse...

Gostei muito, parabéns!