terça-feira, 3 de agosto de 2010

pedras

quando li quintana viu
uma pequena pedra em calcutá
longeva longeva
evolução do barro elementar
sem o sopro divino

moro no meio do caminho do meio
meu nirvana chega em brumas
a pedra em mim fez estanque
a má educação dos outros elementos
viver entre pedras
é ser um abismo ao lado de outro

imitando os humanos
procuro os recônditos os vagos
educação da pedra pela pedra
lousa de escrever meu nome
se o soubesse

quando me guardo em pedra absoluta
descubro minha alma
em mil pedaços de compaixão

2 comentários:

Benny Franklin disse...

Sempre muito bom, Audemir!

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Audemir, linda tua poesia!