segunda-feira, 26 de julho de 2010

Vago

Sol de post-it em céu de piscina
Armado rente ao vão segue o meliante
Cantante, trôpego, mas bem confiante
De mais uma manhã de alforria
É grande a cantoria na praça da Sé
É muita a fé de pequeno povo
Sôfrego, roto e inrotulável
Mantêm o passo pobre criança
Feito já de pó e desesperança
Fruto vulgo de amante porfia
E segue a cantoria: "lá lá lá vai o dia
Sente, rente a carne fria, pá pá pá
Frio metal, rápido e sem rancor, trá trá trá
Pernas e joelhos ao chão, tum tum tum
Menos um João no coro, oh oh oh
Mais duro o couro do cidadão, hum hum hum
"

7 comentários:

Leo Curcino disse...

caraleo. muuuuuuito boooom! fiquei aqui tentando dar ritmo à cançãozinha. contei dois tempos e fui levando, começando em Lá Menor. Tenta depois.

ficou lindo isso. versos com clima de domingão. versos com timbre de "o amor tá chegando aí".

abraços, amigo!

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Muito lindo, muito bonito os versos.

Karine Melo disse...

Lindo demais!

eu adorei a musicalidade nos versos!

beijos :*

Joe_Brazuca disse...

bom pacas !...

"é muita fé de pequeno povo..."

perfeito !

Francesca Martins disse...

Amei!

Uma denúncia social em tom lírico. Lindos versos. Maravilhoso.
Parabéns, meu amor.

Mil beijos,
tua Fran.

Eliana Mora [El] disse...

como dizes, 'rancor sem rancor';
uma forma de dizer de 'ver'
ou de 'querer'...gostei


beijo,
El

Renata de Aragão Lopes disse...

Que beleza de poema!
Cantoria de se acompanhar!

Beijo,
Doce de Lira