quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Beijo de Rodin - poema de Sylvia Beirute
























O BEIJO DE RODIN

não quero fazer filhos
sobre desejos adicionais
e tardios, desejos sobre a tela tardia da tarde,
desejos sobre o azul infindável
de boas razões indesejáveis.
não quero desejos de desejos,
desejos que retiram desejo a desejos de
tempo raso
e de feitio de auto-pertença e
leves contradições sem alarme e gafanhotos.

não é em vão que
o beijo de rodin é de pedra.

inédito

4 comentários:

Assis de Mello disse...

Belo poema; muito instigante. Grande sacada colocar os gafanhotos alí.
Parabéns, Sylvia.
Chico

Barone disse...

Instigante. Mello definiu bem.

Joe_Brazuca disse...

quero filhos do sol


amarelo-ovo...de Van Gogh !


grande, poetisa !

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Interessante construção com palavras marcadas
Bom mesmo ab