quarta-feira, 16 de junho de 2010


Intersendo

Tento não medir minha vida em anos

Ou segundos ou minutos ou horas ou dias ou meses.

Mas em instantes,

que podem durar ou segundos ou minutos ou horas, meses, anos.

Ou uma vida.

Não uma média de opiniões alheias.

Nem consenso de mim mesmo.

Nem quem me convenci a ser.

Arquétipo de uma ilusão,

tateio papéis,

tento personagens.

Intérprete canastrão de mim mesmo,

nem mocinho, nem vilão (senão de mim mesmo),

não guardei todas minhas inspirações.

Expirei por necessidade,

às vezes no modo parassimpático.

Surtei por pouco,

insisti por muito.

Em paixões insondáveis, sempre inevitáveis,

pensei em mim, nela, em nada.

Apenas fui.

Segui.

Na rua, sem lua, sem sol, sem tarde, manhã ou noite.

Mas a tempo.

Apenas meus rios eu mar,

num ciclo de ondas,

como vidas que expandem

e contraem.

Como pedaços inteiros

das partes

das frases

não ditas,

mas sabidas.

Do eu sou Tu e Tu és eu,

almejo a sabedoria, a iluminação,

de cometer a vida como um poema.

Ton

3 comentários:

AFRICA EM POESIA disse...

Gostei muito de passar por aqui..
deixo um beijinho

BOLA REDONDA



Bola...
Que é apenas...
O delírio...
Da pequenada...
E também dos adultos...

Uma bola...
Uma simples bola...
Transforma...
Os homens...
Movimenta...
O mundo...

Pobres...
E ricos...
Sentem...
Que bola...
É alegria...
E divertimento...

E a bola...
Que joga...
Que rola...
Que faz rir...
E faz chorar...

Consegue...
Esquecer...
Horas más...
E fazer...
A união...
De um Povo!...

LILI LARANJO

Barone disse...

Boa!

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Adorei teu poema...sublime e inteligente.ab