quarta-feira, 21 de abril de 2010

Poeminhas

DÓI
O que dói não é o ódio
Que não sinto
Nem a raiva
Que não alimento

É a saudade
Que não gostaria
De ter de ti

BRASÍLIA
Brasília chega aos 50 com
Dores adultas de mulher sofrida,
Mas ainda tem
Viço e vontades de menina,
Apesar dos homens que a aviltaram

Vera Pinheiro

8 comentários:

Flavio Machado disse...

Vera dói ver Brasília como está aos 50 anos, eu nasci junto com a cidade, é como uma irmã, pena que os homens a tratam dessa maneira.

bjs
Flávio

L. Rafael Nolli disse...

Vera, em dose dupla! Acertou em cheio nos dois. O primeiro com tom confessional, de um eu-lírico fragilizado, o segundo uma triste realidade política em uma cidade tão jovem e bela! Abraços!

Emilene Lopes disse...

Esse primeiro Poema é minha vida em poucas letras...Muito lindo os dois!
Bjs
Mila

Anônimo disse...

Adorei!

VERA PINHEIRO disse...

Amados poetas, agradeço o carinho dos recados. Beijos e afeto.

Renata de Aragão Lopes disse...

Vera,

que bacana
vê-la falar
sobre a cinquentona! : )

Eu a visitei
uma única vez
e me apaixonei!

Beijo,
doce de lira

VERA PINHEIRO disse...

Renata, a cinquentona está cada vez mais linda! É apaixonante mesmo! Agora tu já viste coisa mais feia do que as pessoas falarem mal da aniversariante, apontando seus defeitos justo no dia do anivesário dela? Fizeram isso com Brasília. Detestei essa parte das comemorações, ainda que tivessem enaltecido suas virtudes. Beijos.

Day disse...

Vera, adorei os dois poemas. O primeiro então...é a minha cara...
Parabéns por Brasília. E obrigada por postar seu comentário no meu "sumindo aos poucos" beijos
Daisy