A vida tem sido uma taça de vodka,
com uma linha pesada no espelho
O meu sol é o mofo do quarto,
entre discos que esqueço no aparelho
Acordo com o chiar da vitrola
e a TV no mudo, fora do ar
Meus olhos são duas cavernas,
que elevam o inferno a nenhum lugar
Minha garota é o mediaplayer,
e a mão direita é que faz o amor
A solidão é de saliva seca,
e o vômito perfumando odor
Avante em passos largos ,
até o dia do sono profundo...
Noites, minutos, meses e anos
Soam a amargura de um blues eterno
Revestido em madeira, recheado de vermes
Elegante, é claro...
Trajando um belo terno!
8 comentários:
Bem,
Este blog é simplesmente maravilhoso. A idéia sensata, gostaria de acompanha-lo. Como faço?
Abraços,
"a amargura de um blues eterno"
- se superou, brô!
poesia na veia!
hard grind core!
abraço
Jack Daniel's na veia!!!!!!!
Tomaz, ainda bem que a arte sublima nossas mazelas subjetivas. E você foi excelente do começo ao fim, mas não posso deixar de observar nas tintas de seu relato o tom dramático de um quadro que é delineado em traços muito específicos de um sofrimento real. Tô impressionada_ literéria e clinicamente. Hehehehehehe.
Muito bom...poesia que mexe, que nos az refletir e muito. Um cotidiano, o ser humano na solidão ou no optar prlo ser sozinho
assim interpretei...Parabens
Grande Tom. Que porrada meu velho!
Já sou tua fã! Num vai ter jeito de voltar agora!!! Que poema grandioso. A inexpressividade da vida vazia e rotineira poetisada assim... Não há como não admirar!!!
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