Talvez a expectativa
seja o erro.
Vive-se à deriva,
na ânsia
de um ineditismo ilusório.
Sabe-se tão só
que ao enterro
antecede o velório.
Daí a irrelevância
e o cinismo
de todo o resto.
Há algo, enfim, mais funesto
que o aguardo
do amor verdadeiro?
Crê-se que tem sabor de primeiro.
Pra mim, terá gosto de último.
Renata de Aragão Lopes
Poema publicado em 13 de abril no doce de lira.
12 comentários:
Renata, querida,como gosto dos teus poemas! Emocionam e desconcertam, assim como, às vezes, o amor.
Beijos!
Renata, um lindo e sábio poema. Uau! beijo.
É um poema realmente lindo.
ótimo blog!
Renata, muito bonito o poema. Realista, bem centrado. Gostei.
Bem!
:)
isso tudo é tão verdade!
Renata, também gostei muito do seu poema... ele tão real que chega doer. Mas é lindo! Obrigada por ter comentado o meu "Sumimdo aos poucos".
beijos!
Lindo poema e tão real - "talvez a expectativa seja erro" Poesia é colocar a verdade com beleza beijo, Helena
"Sabe-se tão só
que ao enterro
antecede o velório".
Maravilhoso poema, Renata. Destaco essa passagem porque leva-me à reflexão.
Beijos com carinho,
H.F.
Queridos
Vera
Adriana
Lívia
Luciana
Rafael
Bardo
Leo
Daisy
Helena
Hercília,
muito obrigada
pela leitura atenta
e pelas considerações
registradas!
Beijos doces de lira!
Vasta reflexão, Renata!
Gostei muito.
Abraço,
Ton
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