terça-feira, 27 de abril de 2010
Caminhamos
Os nossos acordes são solitários
As nossas palavras, malditas
Nossa essência à fina flor:
Transparência, pele, amor
Os nossos hinos, perdidos.
A ausência, sopro da solidão
A busca eterna e renovada
Ser meio deus, meio cão!
Ver a face no espelho do outro.
Sermos fantasmas sem máscaras.
Sermos desprovidos da angústia.
Sermos vestidos de música.
Sermos beijo sem batom.
É nossa real primazia.
Nossa fonte de alegria:
Ter e não ter amor.
E nas armadilhas do tempo
Nas fortes guinadas do vento
Fazer laços de pensamentos... cadeias de sentimentos, nos nós cegos da vida!
E da nossa alma em chamas,
das chagas do coração,
tão juntos e tão nós mesmos,
sabermos reerguer os lemes.
Nos novos mares, navegamos...
Em novos peitos fincamos, a nossa bandeira passional.
E, talvez, sem mapas, nem setas.
Apenas, a porta da vida aberta.
Assim, caminhamos...
Alyne Costa março de 2001
Para meu Carito amigo, Helinho
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Um comentário:
Gostei do fechamento, parte para uma definição do problema "amor", mas volta à uma inocência cativa do próprio sentimento. Muito bom.
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