construí uma torre para o amor morar
você chamou o alquímico segundo sol
transformou a lua em quatro
e construiu uma torre idêntica no seu reino
para onde o amor fugisse em tempos sombrios
quando as sombras nasceram
já eram ignorantes do caminho do poente
queimamos a ponte entre nossos reinos
porta solta do umbral no limiar da casa
o fogo atinge o rio
e a torre do meu reino
uma vez duas vezes rapunzel morreu
sua torre também em cinzas
nossos nomes já não são palavras
terão exatamente o ruído de um rosto virando
borboletas no estômago
futuros amores nem terão ciúmes
dos símbolos que nos tornamos
partimos para Tróia
por estradas diversas
pensando em aprender a confiar nas pessoas.
6 comentários:
Gostei do poema, do simbólico e da referência ao Nick Cave. Bj
"nossos nomes já não são palavras
terão exatamente o ruído de um rosto virando
borboletas no estômago"
Criativa descrição da causa e do fim, já apontando para um futuro novo começo. Inspirado poema.
Gostei.
Ton
O Enforcado
O Sol
A Lua
Os Enamorados
Bacana!
Um beijo,
A Sacerdotisa*
* minha mais recente postagem
aqui no Poema Dia
Ops: não o postei aqui.
Está publicado no doce de lira!
Audemir, excelente o poema, repleto de simbologia. Gostei!
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