segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CIGARRO ACESO

CIGARRO ACESO (Fabio Terra)

Um cigarro aceso
arde em brasa até a minha boca,
Queima meus lábios
e mesmo assim grito que te amo.

Meu sangue escorre
e eu o degusto
como vinho ruim
a espera do seu beijo cauterizante.

Olha pra mim! Grita ao menos!
Sentes nojo da minha boca
dilacerada pelo fogo,
que você negou quando te afaguei?

Vá embora então
como uma nau sem direção
me deixe, então, sem beijo
sem seu coração.

3 comentários:

BAR DO BARDO disse...

Já li. Repito feliz a dose - ou o trago.

Renata de Aragão Lopes disse...

Talvez o nojo
não seja de sua boca,
mas do cigarro! : )

Um poema dolorido...
Gostei!

Beijo e feliz 2010,
doce de lira

Francisco Coimbra disse...

Partilhando... o coração aceso. Feliz 2010!