encontro na noite a insónia
e hoje não a combato
deixo-a instalar-se –
e não apago a luz
fico a fazer-lhe companhia
enquanto escrevo o poema
e descubro os versos
cheios de achados –
eu…
quebra-se o poema em
[estilhaços
e um fragmento de lâmpada
fere-me o coração de morte
quando procuro o último
[suspiro
eu ainda estou a compor
assim até ao último instante
3 comentários:
Meu camarada, que belo poema! Gostei muito.
"Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco."
Carlos Drummond
O poeta e a madrugada.
Em busca de versos
até o último instante!
Muito bonito, Francisco!
Um abraço e feliz 2010,
doce de lira
Aos parceiro e amigos, agradeço e faço votos:
FELIZ 2010!
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