Quando eu sair outra vez
a voar em busca de um verão,
vou levar fragmentos dos dias
de risos, de sonhos e de querer.
Haverei de ir mais longe...
como a que buscar
uma lembrança...
ou a suplicar bonança
em forma de calor.
Minhas asas de cera e poesia,
abertas ao despencar do dia,
se recolherão e...
como num abraço de irmão
me protegerão da saudade.
Nas rotas mais improváveis
rasgarei o azul anil,
e de encontro aos ventos
estarei a te guardar ali...
Na linha do horizonte
que divide minha alma
em duas metades
tão desiguais
e tão sem você.
(Foto: Robson Bolsoni)
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