segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Orquestrando o Caos

A fumaça do mundo é o meu ópio
CO2 Pulsa em meu coração
Quadrados de plástico afinam meus bolsos
me transformando em vil cidadão

O canto dos pássaros de ferro
enruga o verde de antiga imensidão
Costurando com celulose o caráter
devastado pela corrupção

O preço do futuro inflaciona
Pagaremos com a alma da humanidade
Via tacanha conscrisão

Sinto concreto em tensão
na abstração do movimento
Escuto a sonzeira da orquestra
Tipo guitarra desafinada

Cisalham frações de matéria
Não é Ravel nem Sinatra
é o caos meu irmão...
é o caos...
Levando o tudo ao nada!

4 comentários:

Adriana Godoy disse...

É o caos, meu irmão. Poema bom de ler e com uma pegada fortíssima. Bom demais, Tomaz. Beijo.

Joe_Brazuca disse...

Estamos brincando com fogo, terra, ar e água...Esses elementos tem vida própria , atnes mesmo de nós "pintarmos" no planetinha ex-azul..
Essa orqeustração ja vislumbramos ha muito...e os cara ainda discutindo verbas...

tsc..tsc..tsc

lamentável, pra lá de...ai de nossos bisnetos !...ai deles !

espetacular, Tomaz !
Poesia-alerta de prima !
abs

Felipe Costa Marques disse...

INTENSO POEM !

BOA, TÓTÓ!

ABRAÇO

Anônimo disse...

"o tudo ao nada"

melhor esperança no CAOS


valeu, brô