*
*
*
*
Cruzeiro Marítimo
*
Cruzeiro Marítimo
*
*
A claridade da manhã salpicada de rorejoatravessa as frinchas da veneziana
e se atira
sobre essa pele de damasco
, ó gitana de Guadix
e ouso inferir
que tua musculatura
rija----------
de tanta noite
exora massagens
*
um passeio----------
que tua musculatura
rija----------
de tanta noite
exora massagens
*
um passeio----------
de minhas mãos
*
mas
como dormes
com essa expressão
cevada
e plena
refreio-me
a vigiar
as subidas e descidas
de teu ventre
meio mouro
*
*
mas
como dormes
com essa expressão
cevada
e plena
refreio-me
a vigiar
as subidas e descidas
de teu ventre
meio mouro
*
*
E deste ponto central
------------------da sobrequilha
onde o mastro prende a vela
a uma doidice tremulante,
------------------da sobrequilha
onde o mastro prende a vela
a uma doidice tremulante,
eu
marinheiro laico
dou-me às vagas
desse mar bronzeado
jamais singrado
por um discípulo de Sagres
*
marinheiro laico
dou-me às vagas
desse mar bronzeado
jamais singrado
por um discípulo de Sagres
*
e naufrago nas bordas d’uma ilha
*
desse mais
tormentoso
pacífico
de teu
sul
!
**
desse mais
tormentoso
pacífico
de teu
sul
!
*
5 comentários:
Atravessei o pacífico visualizando o movimento dos quadris...bela viagem!
Poema que tem a marca de um dos grandes poetas brasileiros.
Boa, Assis.
De prima.
Assis, um poema tão erótico escondido nessas imagens belíssimas. Bravo, poeta, mais um que faz a diferença. beijo.
Assis, estou atrasada no abraço, então vai abraço em dobro. Lindo!
um pós-concreto bem explorado.
Ficou muito bom, estética e sonoramente.
eu fui salvo do naufrágio...
Muito bom, Assis !
Postar um comentário