terça-feira, 8 de setembro de 2009

a saliva de não parecer com ninguém

na falquimínica noite
diante da serena realidade
chora o sonho voraz.

norquástico
distante, sofro
o céu, permanece em forma de abismo.

uma a uma, à frente de todos
cada dor estendida
carrega seu próprio chão.

a partir do então calsilâmico
tudo aparece
em quase nada.

tua voz sensual teima em tremer
enquanto berra, um sussurro permanente
solitária, sem ecos
no grito mudo sobrevives.

ouça, por favor ouça:
no paiol das emoções
avezlutando
no olhar desejante, amanhece a vida.

simples, assim
uvas também passam
nenhum ópio seduz
exceto o sol de sua boca a lamber meu corpo com gula.

3 comentários:

BAR DO BARDO disse...

brincando com neo - isso é legal

Adriana Godoy disse...

Gostei bastante. Um poema muito rico de palvras e sentidos. bj

Adriana Riess Karnal disse...

gostei dessas palavras que não sei o significado...mas descubro