quinta-feira, 3 de setembro de 2009

batalha naval

fecharam nossa única saída para o mar
e você se entregou aos inimigos
nem ira senti
é assim que se entra para a História
certo estou do seu arrependimento
pena não chorar de onde adormeço
sobraram espinhos para todos
minúscula batalha em um livro de táticas

permaneço aqui
folhas de batalha naval em toda parte
assistindo de onde estou
nossa dolorosa transmutação em ilhas

6 comentários:

diario da Fafi disse...

Essa dolorosa situação real ou imaginária, é nossa benção ou maldição de sermos poetas.

Carinhos.

BAR DO BARDO disse...

... bela imagem...

Márcia Maia disse...

Gostei muitíssimo. Esses dois versos finais são um achado. Um achado!
Beijo.

Felipe Costa Marques disse...

"...transmutação em ilhas"

um poema que poderia ser de um joaquim, josé, carlos...

mas é um autêntico Leuzinger!

felicidades, meu caro

Audemir Leuzinger disse...

obrigado a todos!
felipe, que elogio!!
paz pra todos nós!
abs e beijos nas crianças.

Barone disse...

"pena não chorar de onde adormeço"