Caros, estou postando hoje o poema do nosso companheiro Chico Mello. Não consegui formar o poema da forma original. Mas aí está ele, belo como todos os poemas que o Chico expira.
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( Aos poetas Contador Borges
e Marcelo Tápia )
Areia e cinza:
o vento embaralha
passados
que nunca morreram
Um polvo espreita
a fuligem das eras
sem saber de rajadas
ou fogo
e não avalia
o que nos
acomete
Nada além do humano
retorna do espelho
só nós nos mutilamos
no intento de talhar
a própria sombra
para sermos
celebrados
O passado, perene, se amolda
a cada instância
, o presente é um ontem
requentado
& o futuro
são gavinhas da mesma rama
O Olho
do cão
O olho do cão
não se estatela
: não lhe há pensar em morte
O sono
do cão
O sono do cão
é tranqüilo
no trapo de um hoje sem tempo
Areia e cinza ao vento:
grande bobagem
ensinar os filhos
a chorar seus mortos
( Aos poetas Contador Borges
e Marcelo Tápia )
Areia e cinza:
o vento embaralha
passados
que nunca morreram
Um polvo espreita
a fuligem das eras
sem saber de rajadas
ou fogo
e não avalia
o que nos
acomete
Nada além do humano
retorna do espelho
só nós nos mutilamos
no intento de talhar
a própria sombra
para sermos
celebrados
O passado, perene, se amolda
a cada instância
, o presente é um ontem
requentado
& o futuro
são gavinhas da mesma rama
O Olho
do cão
O olho do cão
não se estatela
: não lhe há pensar em morte
O sono
do cão
O sono do cão
é tranqüilo
no trapo de um hoje sem tempo
Areia e cinza ao vento:
grande bobagem
ensinar os filhos
a chorar seus mortos
4 comentários:
De fato, como sempre, muito bom!
beleza de poema, barone. e que imagem. abçs.
O Chico sempre arrasa pela forma com que constrói seus poemas. Esse é mais um que inspira, a natureza como pano de fundo(ou frente) servindo para desmascarar as emoções mais profundas do ser humano. Beleza,Assis de Mello. Beijo.
Meu Deus Barone!
Que beleza,
Cris
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