O que me inventa?
O silêncio a caber na entrelinha,
O desejo de querer-te perto,
História do poema mais longo,
Decassílabos no vão das frestas,
Atrás da porta, por entre as pernas.
Nada mais requer maior destreza.
O tempo a passar é cão sem dono.
Outra linha é lenha a alimentar o fogo.
Trepidam mil labaredas enquanto conto.
E quando canto, o som é o que me inventa.
7 comentários:
Flávia, bom dia!
Que bom escutar os galos cantando e observar a luz se espargindo por meio da sua poesia, aqui em Campo Grande-MS...
Sua lira me toca, sinestésica e profundamente...
Hoje eu terei um ótimo dia!
Obrigado.
Beijo!
Belo, Flávia.
Como costuma dizer o Bardo, lirismo afinadíssimo.
Lindo seu canto.
Beijos :)
H.F.
"Trepidam as labaredas
enquanto conto."
Adorei!
"Nada mais requer maior destreza." - sobre decassílabos: sim; sobre atrás da porta: não.
"Decassílabos no vão das frestas,
Atrás da porta, por entre as pernas."
Belissíssimo!
Valeu poetas!
bjos
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