É inverno,
O sol pouco aparece,
chove, chove, chove,
o dia é cinza.
O azul verde do mar desaparece
tornando-o cinza.
O vento levou o branco algodão
das nuvens.
O céu perdeu-se no cinza escuro,
que o inverno trouxe e
a poluição ajuda a fortalecer.
Os grãos de areia,
tão minúsculos, tão complexos
estão molhados,
já não são brancos, mas acinzentados.
O povo passa e não olha as árvores,
árvores agora secas que
dão a impressão de vazio.
Da janela do meu quarto
contemplo o mundo.
Tudo está tão cinza!
Tão cinza quanto o coração
de todos os transeuntes.
Mas sabe, não me sinto cinza.
Em meu coração vermelho-fogo-amor,
uma chama arde agora com mais força,
porque é fim de tarde
e o coração me avisa que com a noite
vai chegar o meu motivo de não ser cinza.
Deolinda Vilhena
3 comentários:
Pelo poder de amar, a Fênix está a se recompor...
Mas amanhã o sol nascerá em algum lugar do planeta. Here there and everywhere...
E onde ele estiver magestoso, no céu, haverá tons em azul.
Abraços,
Noite vermelho-fogo-amor.
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