sábado, 29 de agosto de 2009

Impressão Digital


Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!



António Gedeão

7 comentários:

BAR DO BARDO disse...

VIVA A LITERATURA PORTUGUESA!!!

Gedeão é o máximo!

Parabéns pela escolha e pelos escolhos...

Márcia Maia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Márcia Maia disse...

Eu adoro! Por isso, a escolha. E os escolhos... ;)))

Joe_Brazuca disse...

como bem disse Henrique "Bardo", bendito seja, então :

VIVA A LITERATURA PORTUGUESA !
VIVA ANTÓNIO GEDEÃO !

Barone disse...

Maravilhoso poema|

Renata de Aragão Lopes disse...

Bacana!

Você aqui
e eu no doce de lira
a falarmos sobre as escolhas
do olhar...

Um abraço.

Adriana Godoy disse...

Belíssimo. Viva a boa literatura, seja de onde for!