Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes! António Gedeão
7 comentários:
VIVA A LITERATURA PORTUGUESA!!!
Gedeão é o máximo!
Parabéns pela escolha e pelos escolhos...
Eu adoro! Por isso, a escolha. E os escolhos... ;)))
como bem disse Henrique "Bardo", bendito seja, então :
VIVA A LITERATURA PORTUGUESA !
VIVA ANTÓNIO GEDEÃO !
Maravilhoso poema|
Bacana!
Você aqui
e eu no doce de lira
a falarmos sobre as escolhas
do olhar...
Um abraço.
Belíssimo. Viva a boa literatura, seja de onde for!
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