Voando por sobre as cabeças
ROGERIO SANTOS
O poeta impresso em folha
não tem rosto.
Tem falha, tectonismo, aposto.
Cada linha num sentido
faz crescer a cordilheira.
E o poeta, como um anjo,
pode ver a Terra inteira.
No mirante imaginário,
o poeta agora é mudo.
Cria asas contemplando,
salta em crase e acento agudo.
Voando por sobre as cabeças,
suas asas circunflexa.
E o poeta se espatifa e ri a beça.
8 comentários:
Gostei muito, Rogério!
Divertido e verdadeiro:
"O poeta impresso em folha
não tem rosto."
Rogério,estás aqui,lindamente como sempre....e um soneto de crases e acentos agudos.Gostei muito,viu?
Belo voo, Rogério. Gostei de seu quase metapoema. Beijo.
Gosto da poesia também. Rimas comportadas e humor delicado, quase ingênuo no fim.
PS: alguém imaginou o rogério santos voando por sobre as cabeças?
E o poeta cria asas e voa na metalíngua onde o poema pousa. Grande, Rogério.
Belo Soneto,
Vi Um Poeta Voador !
Congratulações !
Grato pelos comentários !
Abraços
Rogerio
Gostei muito! Me deixou leve!
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