quinta-feira, 9 de julho de 2009

galope desenfreado

a idade chega
num galope desenfreado
e eu quixote
querendo destruir moinhos
que giram espalhando o tempo
com suas pás ensandecidas

eu sem meu fiel escudeiro
o futuro nunca imaginado
presente nos olhos perdidos
e nos ombros
estranhamente pesados

20 comentários:

Unknown disse...

Belíssimo!

Dom Quixote é assim mesmo, desenfreado e girando moinhos.

A carga é maior quando nos sentimos sós. Mas nem sempre os escudeiros são bons de marcha.

Parabéns, Adriana!

Mais um belo poema!

Beijos

Mirse

Adriana Riess Karnal disse...

Adriana,
É o tempo vencendo o homem...gostei da metáfor do Quixote.Grande!

Talita Prates disse...

Tb sou Quixote às vezes.
Bjo, Adriana!

TON disse...

Belo e reflexivo.

O peso nos ombros costuma ser o passado que teimamos em não deixar no passado.

O agora pode ser leve, sem o medo do passado e a ansiedade do futuro.

Abraço,

TON

BAR DO BARDO disse...

excelente quixotagem

eu gosto!

Sidnei Olivio disse...

A gente vive esgrimando moinhos...
e galopando o tempo.
Belo poema, Adriana.

rogerio santos disse...

como não há mesmo jeito de enganar o tempo,
pra ser feliz é bom dar um jeito de rir junto com ele...

Beijos !

Renata de Aragão Lopes disse...

Não o conhecia, Adriana.
Que lindo poema!

"o futuro nunca imaginado
presente nos olhos perdidos
e nos ombros
estranhamente pesados"

Que galope, amiga!
Um beijo.

tania não desista disse...

oi,adriana!
nas tantas parcerias... queremos dividir as belezas e seus antônimos.
os ombros pesam...mas...a fôrça interior comanda._a ordem é seguir!
bjos ,por quixotear poemas pra nós!
taniamariza

Adriana Godoy disse...

Pessoal, obrigada pelos comentários> beijos

Hercília Fernandes disse...

Belo miúdo, Godoy.
Temática profunda e boa contextualização, além de bom uso da linguagem.
Amei "tudos".

Beijos :)
H.F.

Felipe Costa Marques disse...

TB ADOREI TUDO !
TUA POESIA ARREBATA !

BJS E ABS

Tião Martins disse...

Bom pra caramba, cachorro e cavalo. Gostei!

José Carlos Brandão disse...

... os ombros estranhamente pesados.
Sinto essa estranheza.
Gostei.

Beijo.

Anita Mendes disse...

"eu sem meu fiel escudeiro
o futuro nunca imaginado"

gostei muito, muito muito desse poema.
Sancho Pança é presente e Dulcinea o nosso futuro?
quem sabe a velhice é parte da nossa imaginação.
galopemos então drika,
galopemos em nossos cavalos enquanto podemos...
o tempo dirá pois só a demência sabe.
beijos enormes pra ti, drika.
Anita.

tenório disse...

Simplesmente amei.

Fred Matos disse...

Muito bom, Adriana.
Felizmente hoje o dia foi mais folgado que os mais recentes e pude vir ler os poemas da(o)s amiga(o)s.

Beijos

L. Rafael Nolli disse...

Uau! Que poema!

L. Rafael Nolli disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciano Fraga disse...

Querida Adriana, e vamos tentando frear sem sucesso este cavalo alado chamado tempo que nenhuma balança de precisão consegue apontar a medida certa sobre nossos ombros "estranhamente pesados".Maravilha! Abraço.