sexta-feira, 5 de junho de 2009

PONTO DE MIRA

“Mas ainda que se passem cem anos

surgirá o momento da identidade entre a poesia e a vida."
(Max Martins)


I
Crucifixo um óvulo de língua
entre a flecha e o ponto de mira.
Remendo uma seda de azedume
(em cópula voraz)
e mergulho no ritual de acasalamento
dos indóceis jasmins.

II
Sou: apêndice e limo de ovário,
libidinagem de puta
quando fisga esperma
e sendo triste equinócio
com esporão em riste
esnobo a cínica sarjeta.

III
Ai! O mormaço
mantido em um receptáculo
(em gozo violento, mas eficiente)
insemina borne de revolta...

IV
Mão armada, até onde?
O mainel provido de sadismo
é a inusitada armadura
que dilacera os velames
das nádegas em flexão...

V
Embora substantivo ingênuo,
o fóssil do acaso em pranto
acudir-me-á como inautêntica
vestudez no abismo.

VI
Argh!
Às vezes me finjo de algum atirador,
apenas para açular nudez
à frágil lição da flecha.

© Benny Franklin

Fotografia: Anos de Chumbo by Ana Mokarzel

6 comentários:

Audemir Leuzinger disse...

um autentico benny com todas as qualidades inerentes!!

Unknown disse...

com todo respeito, não curti.
muito rebusco e pouco conteúdo.

Beatriz disse...

Esse eu já conhecia e comentei no teu blog. Poema de mira no social.La Marca de Benny, por bem e pro mal;))

Beatriz disse...

sugestão: Barone, não deveria ser permitido comentário de anônimos. tem jeito. O que acham?
Poxa, fazemos o poema com a alma e esforço aí vem neguinho sem perfil, nem identidade e desanca? Acho isso péssimo.

Audemir Leuzinger disse...

algo a se pensar, bea.

Benny Franklin disse...

Marcos, Audemir e Bea: valeu!

PS: As criticas são bem-vindas!

A liberdade de entendimento (ou não!)existe para ser a vela dos aprendizes.

Portanto, podem mandar bala.
Sei me defender!

Abçs.

Benny Franklin