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que assim seja
pois a luz que se acende
reacende qualquer coisa que nunca se apagou,
o tecido morno responde em termos
recaídas
tombos
recomeços
e o dia que se desenrola se prepara
em tempo.
porque o tempo, você diz, é nosso
é, mas antes é seu
e enquanto os lábios não se tocam
a morte não chega
os olhos não vêem
e as mãos não se encostam...
mas ainda você diz que o querer não deveria ser mais
do que o ser
e ser é nada mais do que reafirmar, pra si mesmo
de frente pro espelho
enquanto você sustenta meus braços,
meus ombros
meu corpo, sobre o teu.
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3 comentários:
Percebo aí um terno poema de uma entrega a um amor em retorno. A cada vez que leio, a cena vai se moldando. Se soubesse, poderia até pintá-la. Lindo!
Muito bom!
Muito bom mesmo!
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