Sim, eu sei...
Mas meu silêncio
é fruto dos dias de solidão.
Solidão que escolhi,
e que, grande companheira
me permitiu olhar os dias
de maneira sutil e generosa.
Me fez ver os homens
e seus rebanhos sem fim
com certa desconfiança.
Sim, eu sei...
Recluso em meio à multidão,
espalhei curiosidade e medo.
Mas é tudo tão simples...
Eu só queria ficar sozinho!
Mas agora vem você
que se impõe e se instala
no meio da sala
reservada às canções
e aos devaneios
deste verão chuvoso.
E agora menina?
O que vamos fazer com isso?
Dar ao mundo um início,
e costas ao precipício?
Isto não é um poema de amor.
Esta não é uma canção de paixão.
É só a minha forma solitária
de dizer que já sou teu.
Anderson Julio Lobone
9 comentários:
Olá Diego!
Nossa, fiquei lisonjeada pelo elógio que fez ao meu blog, muittissímo obrigada!
Bem, gostei bastante do seu blog também, gosto muito de poesia, é a válvula de escape pra realidade descritas nos meus textos.
Mais uma vez obrigada, nos falamos mais no msn.
E tenha uma boa estadia em BH, aproveite bem a viagem!
Abraço cordial...
até mais.
que forma densa e intensa de se dizer do amor! "dar costas para o precipício" inaugura o ato de amar e se deixar levar. muito belo!
esqueci de dizer sobre o blog! gostei dessa estética da cumplicidade, uma polifonia primorosa!
Uma declaração de amor em versos sem ser piegas. Muito bom esse poema.
Bonito.
Com lágrimas nos olhos...
Lindas as palavras que me fizeram lembrar de um eu que já fui no passado.
Uau! Filho, muito bom mesmo! Eu simplesmente adorei, que maneira estilosa, sem pieguice, criativa, de dizer do amor. Um dos melhores que li aqui! Queria ter escrito ele também! Parabéns!
Beleza de entrega. Recohecimento maduro de que o amor vira tudo do avesso. O que fazer menina se perdi a solidão?
Adorável!
Poxa, que poema! Sem palavras...
Grande em sentimentos e em sua externalização. Adorei!
Abraços,
H.F.
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