ardem-me as mãos;
voltou a dor antiga, a que definia a fronteira.
sei que trago a pétala que se estiola,
ponta a ponta,
e que a poesia padece.
converto-me numa frente,
arquejante,
como a vela que, em junho, acendeste a nossa senhora.
era ainda a infância.
eu morria, matinal, só com a minha sede,
perseguindo a paz de poder abraçar vendavais.
ardem-me as mãos, mãe!
mariagomes
in" antologia de escritas, 3"
organização de J. Félix
Impressão Quilate, Lda ( lisboa)
9 comentários:
ei, mg, esse estilo desconhecia-me.
é uma mg diferente...
acerca disso preciso pensar.
parabem!
Maria, belo poema.
"Eu morria, matinal, só com minha sede,"
Lindo, belo poema.
Poema confessional tocante.
Belo
Muito bonito e diferente, Maria. Gostei.
que lindo!
putz...
que lindo!
meu abraço terno!
a-do-rei!
a dor rima com amor e humor.
bjs e abs
Felizzzpe!
Ei Maria! Estava relendo nosso blog coletivo e me deparo com esse seu poema. E não entendo o motivo de tão poucos comentários. Esse seu poema é uma obra prima!!!
Maravilhoso!
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