gosto amargo de azeitona e berinjelamais um travo de desejo amarfanhadomeio copo de cerveja sobre a mesacheiro acre de fumaça de cigarro.para além de tudo aquilo paira elaboca seca amanhecido olhar paradotão afeita à solidão e à incertezaenojada de seu corpo e o que é bizarromasturbando-se à janela de manhãa fitá-lo adormecido abandonadoentre os restos de comida no tapetee o cachorro aconchegado no divã.vomitou pouco depois de haver gozadoe rendeu-se ao abandono das paredes.Márcia Maia
11 comentários:
Excepcional! Uma solidão.
Bravo, Márcia! Genial seu soneto!
Lindo!
Identifico-me bastante com o tema (ressaca/solidão), e abordou isso de forma magnífica.
Abraço.
Inquietante e belo!
Fabuloso!
Instigante, poético, triste.
Simplesmente sensacional.
Márcia é faca afiada...
Sensacional...
É a ressaca da ressaca. Bizarra janela de poesia na janela do dia.
Genial, Márcia !!
Mas que situação hem...
Gozar de ressaca é bem surreal.
Se eu tivesse que escolher, queria ser o cachorro no divã... rsss
Muito bom Márcia!
Postar um comentário