segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não adianta eu querer
fazer poesia,
se ela não quer,
nada faz com que
a mim ela se alie,
e teimosa fico insistindo,
sabendo bem que a esta hora
da minha cara ela está rindo...
E digo então,
tristeza infinita,
minh’alma não canta,
meu ser chora e grita,
e eu me pergunto
meu Deus
por que não nasci Florbela Espanca?

Deolinda Vilhena

Ok! Você venceu.
E tudo o que conseguiu
Foi me tirar o sono,
Eu que não durmo, desmaio,
tô aqui às três da madrugada,
completamente ligada.
Quem me olhar
Pode até pensar que eu to “cheirada”
E no entanto
Eu tô mesmo é apaixonada!

Deolinda Vilhena

6 comentários:

Beatriz disse...

Deolinda, que paixão divertida!
Pelo ser amado e pela poesia

Marcos Pontes disse...

Deolinda, me desculpe a franqua, mas é preciso um pouco além da paixão para que a poesia fique bem.

Anônimo disse...

A paixão é importante em tudo, claro que na poesia é fundamental - além de outros ímpetos loucos e irresponsáveis e tudo mais... O primeiro poema me fez lembrar, não sei por que, um daqueles belos poemas do Rilke! Bacana! Abraços!

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Apoesia começa a surgir. Continue amando poeticamente...

Anônimo disse...

Poesia não tem forma, métrica, indicadores mensuráveis. Encaro a poesia como um exercício egoísta, no sentido de que primeiramente ela faz bem àquele a escreve. Ocasionalmente aos outros, quando a leem.

Anônimo disse...

Desculpem-me pelo erro, o correto é: " ... àquele que a esceve."