O mar invade minhas areias
Com violências contidas
Com toques bravios e firmes
Formando em mim pequenas ilhas e restingas
O mar penetra nas minhas conchas
E marulha no meu ouvido
sussurros de palavras amenas
construídas de sal e arrepios
O mar desenha no meu corpo
- nas suas idas e vindas -
umas figuras de espuma
destraçadas, descoloridas
E desdenha das minhas tormentas
E se ri dos meus naufrágios.
E mesmo tatuando a minha pele de alga
com arroubos e despudor...
escapo das suas ondas,
do seu gosto de peixe
e do seu cheiro bom de maresia.
Mas enquanto desvendo seus mistérios
E me desfaço dos meus medos,
Ele se mostra nos meus espelhos,
me contando seus segredos.
7 comentários:
lindo. eu sou com o mar. com o mar...
Parabéns pelo belo poema!
demais!
é um deambular...
ao mesmo tempo
intercambiar com o mar
...
in/mar/cessível!
...
~~~~~~
Sensual.
Maravilhosa metáfora. Maresia que traz o cheiro do desejo do mar e que que, como todo ímpeto, corrói, desgasta e dá prazer.
Lindo demais
Gosto do rítmo deste mar e dos embalos que me fazem dormir um sono tranquilo!!!
Belo Poema!!!
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