quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

é Natal ?



é Natal !
blem, blem, blem !
Tocam os sinos todos meio moucos
crianças friorentas trincam nas ruas
dormindo ao relento das sujas luas
famintas, agarram nas mãos de loucos

é Natal !
blem, blem, blem !
Nasce de novo o “bambino” Cristo
mesmo assim, ainda ladino, insisto
em driblar a minha torpe morte
bebendo um trago amargo de sorte

é Natal !
blem, blem, blem !
Batem na porta de damas, estrangeiros
trazendo lorde e fumo, todos dinheiros
sucumbem ao tato, paladar, ventre e cheiros
espalham os vermes, sutis marinheiros


é Natal !
blem, blem, blem !
Trocam ruínas todas meio toscas
nascem bancarrotas de torres e pua
fingindo remendo de lide crua
malditas, esbarram nos vãos dos foscos

é Natal !
blem, blem, blem !
Latem na horta de lamas, açougueiros
comendo , morde e sumo, todos toureiros
lucubrem ao vácuo, acasalar, entre e meios
escolham os cernes, matiz viajeiros...

é Natal !
blem, blem, blem !
um dia apenas...até o ano que vem.

9 comentários:

rogerio santos disse...

Grande Joe, versos super musicais...
Saudações Natalinas
Rogerio

Benny Franklin disse...

Oi, Joe!

Natal é sinal de esperança.

Esperança de fato e direito.

Parabéns pelo poema natalino.

Abçs.

BOAS FESTAS!

Beatriz disse...

Hey, Joe!
É Natal?
É e não é também.
Mais um dia , mais uma noite até, meu bem;))
Hoje pra mim é um grande e absoluto Natal. Renesceu uma criança, saca?

Adriana Riess Karnal disse...

É natal, sim, até que o ano que vem amanheça, mas sempre há de resnascer alguma coisa diferente.

ADRIANO NUNES disse...

Caro poeta,


Feliz Natal!

"ARTESANAL" (para meus pais e meus irmãos que suportam, todos os dias, a dor da distância e da ausência)


Estou triste e tudo dói
Em minh'alma. Nada achei,
Quando segui a dura lei
Do sonho. São apenas sóis


Brilhando nesse vazio,
Alguns versos de Natal.
Nesta vida artesanal,
Quase tudo é tão tardio.


Estou triste. Por que sempre
Espero romper o dia
Sem surpresa, sem presente?


Por que não me preveria,
O céu, dos três reis cadentes,
De Deus, da selvageria?


Adriano Nunes.

Barone disse...

Olá Joe. Interessante a construção do seu poema. Quem o ler distraidamente pode perder as nunaces que você criou.

Márcia Maia disse...

Concordo com Barone. Tem que ler e reler. Apreciar o ritmo e as nuances.
Gostei muito mesmo, Joe.

Joe_Brazuca disse...

Caros companheiros e Poetas !...
Para nós sempre lisonja todas as observações e comentários proficientes !

Muito grato e abraço cordial a todos.

(CD : e como "saco"...Aleluia !...bj grande)

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

É Natal?
O brilhante nasce sempre em Dezembro e caminha dentro de nós , junto de nós todos os dias e às vezes nos sentimos sós...

Parabens
E hoje dia 1°
TUDO...AQUELE X PRA TI!, RS

BJBJ