o vendedor de algodão doce
se anunciava com um apito
senhor de diversas cáries
distribuía nuvem cristalizada
tingida de azul ou rosa
aceitava cascos de cerveja
que guardava em um saco de batatas
quando passava por uma criança
que não atendia ao seu apito
ou simplesmente não se interessava
saía resmungando
curvado sob o peso do fardo
25/01/2015
2 comentários:
Uma cena bem urbana que fez e até ainda faz, parte de nossas infâncias. Parabéns.
Esse teu poema reviveu o menino tímido que habita minha alma. Valeu!
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