segunda-feira, 2 de março de 2015

SIDERALIDADES

        
                 (Matinê)

Vem do céu de novo o meu espanto,
não somente pelo seu furta-cor
desse sol contra as nuvens em branco
− agora rochas de tons de marrons
de toda a sorte, claros ou âmbares,
ocres ou quase amarelos fortes.
Tem nome tamanha exuberância
desde o meu sul até o meu norte?
Desce pela tarde um raro cinza
suave que derrama seu clamor
para que este amor, quase morno,
vire verso. E mire poesia.
E quantas cores sem nome eu vejo
no céu do poema que eu desejo.


Um comentário:

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Sensacional esse poema, amigo! Li duas vezes. Parabéns!!! Contemplação do universo, contemplação do amor.