sábado, 28 de setembro de 2013

A leoa



Leoa , minha leoa...

Faça de mim o que quiseres...
Rasga-me a roupa de perto, de longe
de onde estiveres...
Unta-me o corpo com teu mel
e entra em meu coração,
como uma savana em aluvião
Ataca-me e venha tirar-me o véu,
joga-me longe, perdido, ao léu,
mas que seja perto do teu céu...
Rouba-me a alma,
mas beija-me com calma
Arranha-me às garras,
mas alija-me às amarras
do teu sedento amar...
Olha-me, fita-me de tão dentro
que me desvie o centro
como corcel fora, cativo ao vento...
Faça de minhas mãos, a tua palma
de meu corpo , a tua fauna
E por fim, leva-me em tua tez
tatuado com meu sangue,
o meu próprio,
como teu alimento, abatida rês
assim verás como me tens
e o que comigo, fez...


Leoa, minha leoa
ruja o teu rugido
faça do teu amor, um alarido
assim é, como meu coração soa...

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