quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Úmidas

penso nas coisas molhadas que enxuguei
lágrimas
frutas
coxas
panos molhados nas coisas que passei

penso nas frases ásperas que direi
pálidas
paredes
ossos
farpas nas frases secas que soltei

só sei ser na média
úmido
unindo elementos
até virar
só vapor.

4 comentários:

Francisco Coimbra disse...

Tião,
Poema poroso, etéreo, gasoso. Capaz ao mesmo tempo de dar matéria, materiais e substância à linguagem. Através dele, seguindo suas imagens, há toda uma mensagem que, na hora, agora me apeteceu saudar. Parabéns! Abçs

Tião Martins disse...

Valeu Chico! Estamos juntos nessas nuvens! Abraço!

BAR DO BARDO disse...

amá(l)[ín]g(u)ama

Tomaz disse...

Sensacional !