Um releitura de Frida, por GGrauna
Revejo a nossa imagem
no labirinto de espelhos.
Quase nada restou do que sonhamos
e como se não bastasse o desafeto
a poesia continua se perguntando:
_ Quem enxugará os prantos?
_ Só sei que o mar parece mais salgado quando choro.
Cacos de vidro.
Tudo acabado.
Imagem e semelhança
na crueza do corte
na temível indiferença.
Sangrando por dentro
só sei que o mar parece mais salgado quando choro.
Brasilia/DF, inverno, 2011
2 comentários:
Não será a própria poesia a enxugar nossos prantos? Ou contribuir para? Gostei.
Meu bom Callari: fico muito contente quando você está por perto. Sem dúvida, é a poesia que enxuga nossos prantos. Bjos
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