segunda-feira, 13 de junho de 2011

das impossibilidades_2

o que me arranha
não são tuas garras
decoradas com estrelinhas
afiadas no carinho
peito abaixo
nem teu jeito felino
de andar de quatro

não é tua língua
na minha orelha
nem teu dedo na ferida
quando estou errado

o que me arranha
não são os dardos flamejantes
do olhar perdido
ontem quando onde
muito menos os díspares
bicos dos seios
a confundir direções
pro desejo
não os galhos da roseira
que teu desamor plantou
embaixo da minha janela
de me apaixonar
nem as agulhas de fogo
e gelo
do teu sarcasmo

é a impossibilidade do oásis
água sombra tâmara
o que me arranha
são teus ermos desertos

...
república das olandas
13.06.11

8 comentários:

Anônimo disse...

no dia de santo antonio...?



fernando chile

Julieta Montéquio disse...

Os oásis...
Sempre são eles e sua inexistência tão segura e ilusória que nos ferem.
Não é?

Palavras na medida certa, Samuca.
Me encantou.

Cristiane Felipe disse...
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Cristiane Felipe disse...
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Cristiane Felipe disse...

Realmente, palavras usadas na medida certa... Um pouco de desejo e um pouco de aflição...
Abraço.

Cristiane Felipe disse...
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Cristiane Felipe disse...
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Cristiane Felipe disse...
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