Deixar-me em várias coisas, o tempo
Coisas que me deixam marcas, entalhes
(espaços)
Na moça idade, pela subida
Eu arquejava junto ao monólito
Na boa idade, pela descida
Monólito que turva o horizonte
Hoje ficam as pernas tortas, coluna torta e caminho roto
(lembranças)
De lembrar a palavra certa
O modo correto
Memento
De falar:
Adeus.
3 comentários:
O tempo passa
as lembranças ficam longe
a morte se aproxima
o Adeus fica cada vez mais real
Abraços
Jão!
Foi justamente esse tom de intimidade que adquirimos com o Tempo que quis dar ao texto, de tanto o tempo nos acompanhar, uma hora partimos com ele.
Jão, obrigado pela participação.
A ideia dos entalhes resulta, o poema (apresenta-os) dá a ideia e não a deixa para trás, usa-a para lá de «Memento/ De falar:/ Adeus.», digo eu. Disse e acrescento, Parabéns!
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