não existe poema juvenil que não namore a extinção
fazem hora extra para não virar prosa
pintam aquarelas em preto e branco
os sombreados mais ladinos escapam
como possível adjutório
abrem a última das cartas marítimas
esta traz a regularidade dos ciclones
o domicílio dos monstros
e as fobias dos quinze anos
como transformar minhas mãos sozinhas
sem bolsos
nas mãos de Paracelso?
em quantas partes se divide a alegria?
poemas da puberdade vestem xadrez
e sai do tabuleiro
uma longa fila de bispos esquecidos
como se seduzidos se perdessem
línguas seladas como se cartas fossem
como se mortos estivessem
e o silêncio dos bispos me ensina
com quantas partes
se faz uma verdadeira alegria
2 comentários:
dividir é mágico... alegria e poesia.
Muito bom meu velho.
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