Se eu pudesse, rasgaria o tempo
e faria de meus dias noites alegres.
Depositaria em meus sonhos
a esperança de quem não sorri,
mas também não chora.
Me deitaria num colo macio
que seria regado pelas lágrimas
que trago trancadas no peito,
e brotaria dali um amor.
Esta minha mão, que se atira no ar
como se quisesse segurá-lo,
quer na verdade tocar este corpo,
e então, num toque sutil, se fecharia,
como se tivesse medo de perdê-lo.
E este brilho, este brilho de teus olhos
que as vezes me ofusca,
me traria a paz, a que tanto procuro,
dando-me a certeza de que são meus teus beijos.
Mas a certeza oscilante,
me impele de uma maneira cada vez mais forte
aos teus braços, como um descanso merecido
para aquele que antes não se cansava.
Mas o fim não existe,
também para o que não é eterno.
Resta sempre a lembrança para aquela palavra
que me faz implodir em mente este meu corpo
não satisfeito apenas com seu som,
quer ele também esta mulher,
esta mulher chamada: Marta.
Um comentário:
Será que a Marta resistiu a essa declaração? Creio que não!
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